Textos

1984

Em muitas das memórias que guardamos da infância, dificilmente alguma delas remeta ao nosso tempo de tenros bebês iniciando na caminhada da vida. Mal lembramos dos sons achocalhados dos brinquedos, das cores de nossas cobertas, do gosto das papinhas que viajavam num avião cheio de estranhos sonhos que alguém emitia junto a uma colher. E

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Crônicas do Óbito [10]: Não me faço de rogado

Na última vez que o pai esteve em minha casa, viu a horta da Karol. Ela organizou tudo à direita do nosso pátio, para o lado da casa em construção, vizinha nossa. Plantou tomate grape, manjericão, cebolinha, entre outros condimentos para temperar a comida.“Tá bonito esse tomate, hein, ô, Karol?”“Tá sim. Quer levar alguns para

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Crônicas do Óbito [9]: Presente pra quê?

“Pai, tu tá precisando de alguma coisa?”“Nada.”“Tem certeza? Vou acabar te levando alguma coisa que tu não queira no teu aniversário.”Ele, meio que se enrolando entre interjeições e meias palavras, relutava:“Não tem nada que eu precise.”Durante toda nossa infância, presentes vindos do pai eram inversamente proporcionais aos da mãe: quase nada. Vindo de uma família

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Crônicas do Óbito [8]: Um leitor ávido

“E quando é que tu te muda?”“Acho que na semana que vem, pai.”“Tá bem. Depois que tu te organizar, a gente faz um churrasco. Preciso de mais livros.”Característica marcante do pai, principalmente após a aposentadoria. Leituras e mais leituras. E não podia ser qualquer livro: romances, preferencialmente longos, de thriller policial ou psicológico. Se fosse

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Crônicas do Óbito [7]: Saúde de ferro

Que todos nós estamos suscetíveis aos desenganos da vida, não há dúvidas. Não temos como saber o imponderável. Em qualquer circunstância, poderemos necessitar de um médico, um hospital, um exame específico. O pai, por exemplo, não foi exatamente preocupado com isso durante muitos anos.“Mas os guris precisam de plano de saúde”, dizia a mãe.“Eles têm

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