Conforme Denise Bystronski, uma das convidadas para a discussão sobre o livro Mosaico de sangue, de Lucas de Melo Bonez, “a gente faz mosaico da gente a vida inteira.” Além de ser uma verdade generosa, corrobora com as ideias do autor para o desenvolvimento da obra lançada neste sábado, 13 de maio, às 11h, na Pinacoteca Ruben Berta, em Porto Alegre/RS.
Para o momento, o autor pensou numa apresentação diferente: a partir da ótica de duas leitoras vorazes, o livro seria apresentado ao público, a fim de promover o estímulo à leitura por meio de ressignificações dadas por ambas. Para tanto, a professora e escritora Gabrielle Calegari foi uma das convidadas, como leitora-alfa do livro; Denise Bystronski, psicanalista da Sociedade de Psicanálise de Porto Alegre (SPPA), como prefaciadora, trouxe sua ótica frente ao livro.
Ao longo de uma hora, o autor e as convidadas discutiram sobre a criação do livro, a função da literatura a partir da ótica da obra, os desdobramentos sobre a pandemia que migraram para a literatura, o resultado de uma doença grave numa sociedade já doente. Em seguida, o público foi convidado à discussão, que trouxe perguntas e considerações bastante pertinentes ao evento.
Gabrielle exaltou o fato de que ainda há poucos autores que conseguiram transpor a pandemia para a literatura. “Há quem produza e esteja alheio à vida”, disse. Denise valorizou a obra como para a leitura de adolescentes e pais: “Este livro deve ser discutido, para além da leitura estética.”
Mosaico de sangue está disponível neste site, clicando aqui. Há a versão em e-book na Amazon, que pode ser adquirida aqui.