Já faz uns bons dias que eu não consigo pegar um livro para ler. Além das atividades diárias e da soma de preocupações, uma série de redações entre acadêmicas e escolares se estende entre os momentos.
O prazer de ler o que lhe apraz, no entanto, não pode ser deixado de lado. A gente ganha em sentidos e simplicidades, em potencialidades discursivas e conhecimentos práticos. Ler vai além do gosto, como sabemos: é a possibilidade de ver o próprio cérebro expandir sem momento para regressar. É aura de novos sentidos.
Quando encontramos, por exemplo, no poema essa proeza, mais sensações novas isso nos traz, uma vez que a própria construção poética exige também um novo repertório de entendimentos. É de uma feliz sensação dialogar com um texto que nos provoque e nos censure, que nos tente e que nos faça refletir intensamente.
Abrir-se à possibilidade de leitura constante deveria ser tarefa de qualquer pessoa. Farei isso assim que conseguir levantar o corpo do meio de papeladas recebidas nas últimas semanas. Afinal, regozijar-se pelo prazer é uma feliz possibilidade nossa.